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Agronegócio

Planejamento da lavoura é essencial para a produtividade da safra de verão

6 anos atrás - por:

Diferentemente de anos anteriores, o Rio Grande do Sul tem passado por um inverno rigoroso em 2018. Os meses de julho e agosto foram chuvosos, com baixas temperaturas e presença de geada, fenômeno que para muitos setores foi prejudicial, no entanto, para o agronegócio, o frio intenso e as geadas, foram essenciais no auxílio do combate à diversos tipos de pragas e no retardamento de desenvolvimento de doenças. Além disso a geada mata as plantas voluntárias da soja, assim o agricultor corre menos risco de ter doenças na lavoura devido a eliminação destas ‘pontes’ de foco de doenças entre o período de entressafra, principalmente quando se fala da doença que mais afeta e diminui a produtividade da lavoura de soja: a ferrugem asiática.

As doenças da soja são tradicionalmente geradas por três fatores: hospedeiro, patógeno e ambiente, um exemplo é o próprio desenvolvimento da ferrugem asiática. Esse patógeno está presente na área de cultivo, assim como os hospedeiros, mas ele só se desenvolve e vira doença quando as condições – principalmente climáticas –  forem adequadas. Por isso a importância de se fazer a “dessecação natural” da lavoura na época de frio, para que estas plantas morram e a ferrugem não se instale de maneira drástica na lavoura.

O controle da ferrugem asiática da soja exige a combinação de diversas técnicas, como semear preferencialmente cultivares precoces e no início da época recomendada para cada região, evitar o prolongamento do período de semeadura, pois a soja plantada tardia sofrerá mais dano devido à multiplicação do fungo nas primeiras semeaduras. Em regiões onde a ferrugem for constatada, deve-se iniciar a vistoria da lavoura desde o início da safra e principalmente quando a soja estiver próxima da floração. Se a doença for constatada e havendo chuva abundante ou formação de orvalho, será necessária a aplicação de fungicida na área plantada.

Aproximadamente 40 doenças causadas por fungos, bactérias, nematóides e vírus já foram identificadas no Brasil em função da expansão das áreas de soja no País, e, segundo especialistas, esse número continua aumentando. As doenças presentes na fase inicial da soja afetam o seu potencial produtivo, podendo ocorrer a injuria em raízes, surgimento de oídio, manchas foliares, mofo-branco e a ferrugem asiática. A importância econômica de cada doença varia entre os anos, as regiões e depende do clima de cada safra. A aplicação de fungicidas preventivos e manejos diferentes também são formas de controle de doenças da lavoura, por isso a atualização técnica, o monitoramento e a atenção às condições climáticas são fundamentais. Medidas de controle preventivas são mais seguras e efetivas, por isso devem ser priorizadas no planejamento e condução da lavoura de soja, especialmente em relação às doenças.

Por:
AgroPrecision
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