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Agronegócio

Alto índice de chuvas no Rio Grande do Sul abriu espaço para uma doença perigosa na soja

5 anos atrás - por:

O verão deste início de ano chegou com bastante umidade e altos níveis de chuvas por todo o Rio Grande do Sul. Em algumas cidades da região da fronteira as águas inundaram cidades e deixaram os campos encharcados. Esse clima chuvoso favoreceu a germinação do fungo causador do mofo branco na soja, coincidindo com o momento considerado o mais crítico para infecção da doença, o estádio fenológico R1, em que a planta começa o processo de floração.

O fungo do mofo branco sobrevive no solo durante vários anos e é praticamente impossível de erradicar essa doença. O próprio fungo produz estruturas de resistência conhecidas como escleródios, no momento em que ele começa a atacar as sementes. Eles são estruturas irregulares de cor negra e ficam por muito tempo camuflados no solo à espera de condições ideais para germinar. Quando essa época chega ele germina e produz um cogumelo em forma de taça chamado apotécio, contendo diversos esporos que são lançados ao ar e deste modo infectam a planta.

A planta infectada, sem proteção, apresenta sinais de murchamento, apodrecimento, ocorrendo a morte da mesma, resultando em perda de rentabilidade da cultura que pode variar de acordo com a taxa de infecção do fungo na lavoura. Em anos em que há muitas chuvas e condições ambientais e edáficas ideais, principalmente no período de floração da soja, se tem uma probabilidade maior de infestação da doença na cultura. Essas condições obrigam o agricultor a tomar medidas de controle do fungo, iniciando com o uso de culturas de cobertura que não sejam hospedeiras da doença, associado a controle biológico e controle químico com o uso de fungicidas específicos.

Outra forma de prevenir a infestação do mofo branco na soja é utilizar somente sementes certificadas e tratadas, sem sinal de infecção. Isso vale para qualquer área a ser plantada, com ou sem histórico do fungo na lavoura, pois utilizando sementes de origem conhecida é possível evitar a entrada do fungo nas áreas. A limpeza do maquinário após sair da lavoura, bem como das unidades beneficiadoras de grãos são também importantes medidas de defesa para conter e fungo e impossibilitar que se propague em áreas não-contaminadas.

Por:
AgroPrecision
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